domingo, 2 de agosto de 2009

Ai que saudades!

Ai que saudades desses cachinhoss nos meus dedos! Beijarei esse cangote até me fartar!
Maria está passando o final de semana da cada da vovó Lúcia e eu aqui agonizando de saudade!
Ela está sempre feliz lá como aqui em minha companhia e isso faz dela uma menininha especial!
Essa tendência natural de independência e crescimento é muito boa, é um exercício diário do qual criança nenhuma escapa. Maria está a cada dia ampliando seus horizontes e possibilidades.
Lembrei-me agora de um conto curto que escrevi a um bom tempo atrás " A caixa de sonhos", me inspirei em meu pai, que costumava guardar coisas e histórias.... Hoje tenho a minha " caixa" também e Maria um dia saberá qual é.


A CAIXA DE SONHOS
Sábado era dia de descanso, levantou cedo como de costume. Tomou um café quente e resolveu arrumar o quarto nos fundos da casa onde guardava ferramentas e outras relíquias, das quais não conseguia se separar. Num canto do quarto embaixo dos velhos livros, estava uma caixa, que ele visualizou sorrindo. Sentou, colocando-a ao colo e ficou por longos minutos explorando-a com carinho. Lembrou de muitos episódios, sobretudo do quanto sonhou em vestir um terno, com sapatos bem lustrados, ter uma pasta de couro para carregar pelas ruas. Ouvindo os passos rápidos de sua neta voltou os olhos para porta despertados pelo seu grito:
- Vovô o que está fazendo?
- Estou arrumando esse quarto. Respondeu ele deixando a caixa sobre a cadeira.
- E depois você vai dar aulas?
- Não, hoje é sábado! Não vou trabalhar.
- Por que então está trabalhando no quarto?
- Porque aqui no quarto eu não trabalho eu sonho. Respondeu sorrindo.
- Sonha como?
- Está vendo esta velha caixa? Abriu a caixa lentamente.
- Sim.
- É a caixa de sonhos do vovô.
- Nada disso, pensa que eu não sei? Essa é uma caixa de engraxate.
Tereza Amaral

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